21 de junho de 2008

Chão

Eu não sei o que acontece
quando as vista se escurece
e me faia o coração;
bate um medo desgraçado
de viver amargurado
por largar o meu sertão.
Toda noite numa prece
peço a Deus que se interesse
por nóis fio desse chão
- que crescemo co’as promessa
de político com pressa
de ganhar as eleição.
Peço a Deus do céu que ajude
dando a nóis muita saúde
pra seguir na procissão
- que é de fé e de esperança,
co’as muié e co’as criança
que vão dando a direção.
Que tortura a nossa vida,
não tem cama nem comida,
nem feliz recordação.
As lembrança são da fome
que matara nossos home
nas batalha pelo pão.
Nóis não sabe se tem sorte
por tá vivo ou se é co’a morte
que nóis vai tê solução;
mais nóis sabe que da terra
nóis num larga nem com guerra
nem com tiro de canhão.
Pode vir o mundo abaixo,
coronel com seus capacho,
que nóis vai brigar de mão:
nóis não ‘tamo de saída,
severina é nossa vida,
nóis não larga desse chão.

Um comentário:

Natalia Moscardi disse...

Óia o orguio dos caipira :)
Hahaha

Parabéns. Ótimo, como sempre !
Bom tema, boa forma, musicalidade aparentíssima !
;)