12 de abril de 2009

Ai, saudade

Há saudades tão pesadas,
tão pesadas que enlouquecem...
...nem remédios, nem estradas
- os meus olhos não te esquecem.

Há saudades tão doídas,
tão doídas que sepultam
(são saudades, são feridas
as que em mim, agora, avultam).

Ai, saudade de quem amo
e não tenho mais agora
- o teu nome chamo, chamo,
mas, em vão: tu foste embora.

Ai, saudade que me aperta,
contra a qual eu nada posso...
...a minh'alma está deserta,
desolada...que destroço!

4 comentários:

Marcelino disse...

Meu! Esse poema está simplesmente lindo e, tal qual o "Também", carregado do lirismo ceciliano. Um tipo de lirismo q nos leva a ler e reler o poema, escrever no caderno, oferecer para alguém (claro, guardando a autoria,rsrsrs)...Parabéns.

morgana disse...

Maravilhoso léo!!!!! A saudade é um sentimento meio difícil né? me deixa angustiada!!
Esse poema deixa qualquer um com um aperto no coração, porque faz lembrar das pessoas queridas! :))
Muito bom mesmo!!
beijos

Patricia disse...

Ola, por acaso acessando o cult blog achei seu perfil e li esse poema sobre saudade, muito bonito mesmo. Vc continua o mesmo, tem muito talento e escreve c profundidade, vem de dentro da alma. Um abraço, Patricia.

Curtt disse...

Concordo com Pan y Vino, a musicalidade e as construção imagética me remetem às composições de Cecília Meirelles.

Abraços.