7 de fevereiro de 2009

Quantas, quantas vezes, quantas?

Vigiar o telefone
não comer, não sentir fome
não saber o que fazer

Escrever o tempo inteiro
abraçar o travesseiro
todos, todos esquecer

Ter as mãos abobalhadas
as idéias bagunçadas
o pensar desconcertado

Ai Senhor! Por que deixaste
tal perigo acontecer-me?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?

Quantas? Quantas vezes? Quantas?
Machuquei-me o coração?
Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Por que mais uma ilusão?

Não dormir, nem trabalhar,
ver o tempo rastejar
sem que nada me aconteça

Respirar só por suspiros,
por nos olhos luzes, brilhos...
...não ter nada na cabeça...

Ai Senhor! Por que deixaste?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?

Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Quantas? Quantas vezes? Quantas
já pedi para esquecer-me?

3 comentários:

Marcelino disse...

Feliz ano novo de poesias! E já começaste bem, gostei do texto, das imagens construídas para sugerir um sentimento q ñ se quer cultivar, ou pelo menos se teme as consequências de sua chegada.

Anônimo disse...

Nossa, ficou muito bom mesmo, maravilhoso!! Eu acho que você deveria começar a escrever um livro. Vai fazer muito sucesso! :D beijo

Anônimo disse...

parabéns pelos textos Leo..
vc consegue descrever sentimentos como ninguém..beijo!