31 de março de 2009

Também

A verdade só constrói,
não maltrata, não espezinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).

A verdade não destrói,
ela apenas encaminha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).

A verdade não corrói,
tão somente ensina e alinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).

A verdade, como sói,
sempre ajuda, sempre aninha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).

A verdade às vezes dói,
uma dor que não se tinha,
mas da dor surge um herói
- e, também, a culpa é minha.

6 comentários:

Christyene Faleiros disse...

perfeita construção poética... parabéns...

Marcelino disse...

Me amarrei no uso do verbo soer na 4ª estrofe (ñ é pra todo mundo), e ademais teu texto, com essas retomadas de versos como refrão, me remete à expressão máxima da nossa lírica na voz feminina: Cecília Meireles.
Parabéns, bicho-poeta.

Natalia Moscardi disse...

É verdade.
rs

Um beijo !

Marcelino disse...

Belos textos trazem à tona grandes autores e o seu belíssimo texto me resgatou Cecília Meireles: esses dois versos no final de cada estrofe, esse "tudo,tudo", esse desfecho,enfim...Tudo poderia ser dito por ela, mas foi dito por ti.

morgana disse...

um poema maravilhoso, cada dia você melhora mais Léo!! Parabéns!!
beijos :)

Su disse...

Passei, adorei linkei, voltarei sempre!
Bjos!