30 de outubro de 2011

A chuva

A chuva que cai
nos carros da rua
apenas distrai
- mas nunca atenua -

os meus pensamentos,
os meus sentimentos,
os meus sofrimentos.

Quem sabe chovesse
nos meus sentimentos
e a chuva entendesse
de padecimentos!

À chuva eu diria
- socorro, socorro!
Não passa um só dia
que aos poucos não morro!


Oh! Chuva bendita
que cai sobre as flores,
escuta e acredita:
sou feito de dores!

Oh! Chuva partida
em gotas e gotas,
minh'alma maldita
de pérolas rotas
deseja deixar-se
em queda final
e, assim, acabar-se
feito um temporal
que faz da tormenta
de ventos mais águas
a voz por qual tenta
matar suas mágoas!

2 comentários:

Marcelino disse...

Belíssimo retorno, companheiro! Com conteúdo e forma (desconsiderando-se o "quem deras" rsrsrs) perfeitos, continuas genial na métrica dos versos e na qualidade de não se perder, ao longo do texto, com ideias descabidas ou sem relação com a temática proposta.

bodyboard disse...

Olá está muito classe e gostei e espero que continuar o seu trabalho... :)