31 de agosto de 2009

Se eu pudesse

Se eu pudesse, se eu pudesse arrancaria
do meu jeito, do meu peito o coração
que bombeia pelas veias energia,
mas me rouba a luz - tão pouca! - da razão.

Ah, razão, razão, razão tão pequenina,
somos nós, apenas nós, que situação...
...nada somos, nem dispomos, oh, menina,
contra a voz daquele algoz - o coração!

Coração, por qual razão bates assim?
Não te agrada em nada, nada, a minha paz?
Por que pisas - martirizas! - tudo em mim?
O que queres? Por que feres quem te traz?

Coração, meu peito em vão tenta esquecer
as tristezas e as cruezas que me tomam...
...as torturas e as agruras que em meu ser
por efeito do teu jeito somam, somam!

Se eu pudesse, se eu pudesse, coração,
viveria e passaria sem teus dons!
Sem os saltos - sobressaltos! - da ilusão,
sem as dores, teus pendores e os teus sons!

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