O tempo tem passado,
as chuvas têm caído,
os ventos têm soprado,
os homens têm morrido,
as guerras têm matado,
os cegos não têm visto,
os crentes têm rezado
e têm buscado Cristo,
os bichos têm voado,
os bichos têm corrido,
as coisas têm estado
e têm acontecido,
as luas têm mudado
e o sol aparecido,
as flores têm brotado,
os rios têm descido,
os fogos têm queimado
e às vezes aquecido,
os novos têm lembrado
e os velhos esquecido...
...só essa dor não passa,
só essa dor não passa.
26 de dezembro de 2009
19 de novembro de 2009
26 de outubro de 2009
Irrelevâncias
Por meio da vida,
e não de um poema,
que irei lhe mostrar
que todas as coisas
que existem no mundo
não têm importância,
não têm relevância,
não têm esperança
se estamos distantes
e se entre nós dois
colocam-se o mundo
e as desimportâncias,
as irrelevâncias
e desesperanças
que o amargam
e o escurecem.
e não de um poema,
que irei lhe mostrar
que todas as coisas
que existem no mundo
não têm importância,
não têm relevância,
não têm esperança
se estamos distantes
e se entre nós dois
colocam-se o mundo
e as desimportâncias,
as irrelevâncias
e desesperanças
que o amargam
e o escurecem.
24 de setembro de 2009
Pedras e pedreiros
Desculpem-me,
eu estou em construção.
Quem quiser pode
assentar alguma pedra
- mas saibam:
há pedras e pedreiros,
e disso,
e de mim,
depende a casa.
eu estou em construção.
Quem quiser pode
assentar alguma pedra
- mas saibam:
há pedras e pedreiros,
e disso,
e de mim,
depende a casa.
10 de setembro de 2009
Insignificância
Somente
quando perdi o meu sorriso
é que descobri a insignificância
de todos os sorrisos
que me levaram a perder
o teu sorriso.
quando perdi o meu sorriso
é que descobri a insignificância
de todos os sorrisos
que me levaram a perder
o teu sorriso.
31 de agosto de 2009
Se eu pudesse
Se eu pudesse, se eu pudesse arrancaria
do meu jeito, do meu peito o coração
que bombeia pelas veias energia,
mas me rouba a luz - tão pouca! - da razão.
Ah, razão, razão, razão tão pequenina,
somos nós, apenas nós, que situação...
...nada somos, nem dispomos, oh, menina,
contra a voz daquele algoz - o coração!
Coração, por qual razão bates assim?
Não te agrada em nada, nada, a minha paz?
Por que pisas - martirizas! - tudo em mim?
O que queres? Por que feres quem te traz?
Coração, meu peito em vão tenta esquecer
as tristezas e as cruezas que me tomam...
...as torturas e as agruras que em meu ser
por efeito do teu jeito somam, somam!
Se eu pudesse, se eu pudesse, coração,
viveria e passaria sem teus dons!
Sem os saltos - sobressaltos! - da ilusão,
sem as dores, teus pendores e os teus sons!
do meu jeito, do meu peito o coração
que bombeia pelas veias energia,
mas me rouba a luz - tão pouca! - da razão.
Ah, razão, razão, razão tão pequenina,
somos nós, apenas nós, que situação...
...nada somos, nem dispomos, oh, menina,
contra a voz daquele algoz - o coração!
Coração, por qual razão bates assim?
Não te agrada em nada, nada, a minha paz?
Por que pisas - martirizas! - tudo em mim?
O que queres? Por que feres quem te traz?
Coração, meu peito em vão tenta esquecer
as tristezas e as cruezas que me tomam...
...as torturas e as agruras que em meu ser
por efeito do teu jeito somam, somam!
Se eu pudesse, se eu pudesse, coração,
viveria e passaria sem teus dons!
Sem os saltos - sobressaltos! - da ilusão,
sem as dores, teus pendores e os teus sons!
16 de agosto de 2009
Espólios
Como dói meu coração,
nem consigo respirar
- sem você me falta o chão,
eu não posso caminhar.
Como sofro e me enfraqueço
se você não está por perto
- de você nunca me esqueço,
sem você nunca estou certo.
Não consigo imaginar
minha vida desse jeito:
sem você a me acompanhar,
sem seu colo, sem seu peito!
(Ah tristeza, minha amiga,
faça a mim esse favor...
...diga à vida, essa inimiga,
que não vivo sem o amor
que me fez perder o rumo,
o juízo e toda a sorte;
que sem ele - afirmo e assumo -
eu prefiro a minha morte!)
Eu não posso, nem eu quero,
viver longe dos seus olhos;
sem você me desespero,
não sou mais do que os espólios,
não sou mais do que as migalhas
de uma vida sempre em erro...
...sem você visto as mortalhas
e me levo ao próprio enterro.
nem consigo respirar
- sem você me falta o chão,
eu não posso caminhar.
Como sofro e me enfraqueço
se você não está por perto
- de você nunca me esqueço,
sem você nunca estou certo.
Não consigo imaginar
minha vida desse jeito:
sem você a me acompanhar,
sem seu colo, sem seu peito!
(Ah tristeza, minha amiga,
faça a mim esse favor...
...diga à vida, essa inimiga,
que não vivo sem o amor
que me fez perder o rumo,
o juízo e toda a sorte;
que sem ele - afirmo e assumo -
eu prefiro a minha morte!)
Eu não posso, nem eu quero,
viver longe dos seus olhos;
sem você me desespero,
não sou mais do que os espólios,
não sou mais do que as migalhas
de uma vida sempre em erro...
...sem você visto as mortalhas
e me levo ao próprio enterro.
Mal no coração
O meu nome de batismo
deveria ser "A Dor"!
Mas me deram um eufemismo,
me chamaram de "Escritor".
Faço versos e poemas
tendo a dor como consorte,
como quem frente aos dilemas
falta forças para a morte!
Faço versos e poemas
como quem não tem escolha
e despeja seus problemas
todos, todos numa folha.
Faço versos, poesias,
como quem toma remédio
contra as noites, contra os dias,
contra um mal chamado tédio!
Ah, Senhor, quando puderes
dar um fim ao meu lamento,
faça como bem quiseres,
não vacile um só momento!
Eu nasci, fui condenado
à tristeza e ao sofrimento,
como um tolo, um desgraçado
sem fortuna e sem talento.
Nada mais me resta agora,
nem ao meu pobre destino
- a tristeza me namora,
sou assim desde menino.
Tudo e todos que conheço
não me deram solução
- reconheço, reconheço:
tenho um mal no coração!
E por isso tantos versos,
tantos versos, tanta dor
- versos sobre os meus reversos
e as angústias de escritor!
deveria ser "A Dor"!
Mas me deram um eufemismo,
me chamaram de "Escritor".
Faço versos e poemas
tendo a dor como consorte,
como quem frente aos dilemas
falta forças para a morte!
Faço versos e poemas
como quem não tem escolha
e despeja seus problemas
todos, todos numa folha.
Faço versos, poesias,
como quem toma remédio
contra as noites, contra os dias,
contra um mal chamado tédio!
Ah, Senhor, quando puderes
dar um fim ao meu lamento,
faça como bem quiseres,
não vacile um só momento!
Eu nasci, fui condenado
à tristeza e ao sofrimento,
como um tolo, um desgraçado
sem fortuna e sem talento.
Nada mais me resta agora,
nem ao meu pobre destino
- a tristeza me namora,
sou assim desde menino.
Tudo e todos que conheço
não me deram solução
- reconheço, reconheço:
tenho um mal no coração!
E por isso tantos versos,
tantos versos, tanta dor
- versos sobre os meus reversos
e as angústias de escritor!
10 de agosto de 2009
O que mais eu tenho feito
O que mais eu tenho feito,
por virtude ou por defeito,
nesses meses como agosto,
por querer ou a contragosto,
é parar em cada canto
- tanto rindo, quanto em pranto -
e pensar na nossa história
de tristezas e de glória,
de certezas e de encontros,
e também de desencontros,
mas que é nossa e verdadeira,
em suas partes, por inteira,
no que tem de sofrimento
e também contentamento.
O que mais eu tenho feito,
como escravo do meu peito,
nesses meses como agosto
- veja as marcas no meu rosto -
é pensar na nossa história
(tenho tudo na memória
e também no coração)
desde quando com seu não,
eu senti dentro de mim
o universo dando um sim
aos meus planos - devaneios -
de morar dentro dos seios
de quem, com ou sem razão,
me roubasse o coração,
merecesse os meus esforços,
apagasse os meus remorsos,
desse luz a minha lida
e sentido a minha vida.
O que mais eu tenho feito,
por amor e por respeito
a você e a nossa história,
é querer que a palmatória
dê um jeito - solução! -
ao meu tolo coração,
para sempre e nesse agosto
- onde há tolos, tenho um posto -
por que não mais me é possível,
tenho sido tão sofrível,
já não posso mais com nada,
minha vida andava errada
e da mesma eu quase quis
desistir - mas não, não fiz -,
e por não ter desistido
- por você ter conhecido -
é que o mais que tenho feito,
com amor e do meu jeito,
nesse agosto, nesses meses,
quase sempre, várias vezes
(muito mais do que imagina
sua mente de menina
pura e ingênua como um anjo)
é dar jeito, dar arranjo,
ao desejo imensurável,
infinito e inexorável
de formarmos um casal,
invejável, imortal,
como nunca outro existira,
não importanto quem eu fira
ou machuque para tanto
(o meu rosto vive em pranto).
Entra agosto, passa agosto
- minha vida é só desgosto -,
sua distância me maltrata
e por mais que ainda bata
em meu peito um coração,
sem você fico sem chão,
o meu céu não tem estrelas,
e, se tem, não posso vê-las,
pois me sinto comprimido,
incompleto, combalido,
não existindo ao meu redor
nada para o meu melhor.
Só seus olhos me comandam
- onde estão, por onde andam? -
eu não posso mais sem eles,
tudo em mim, ou mais, é deles,
não consigo não revê-los,
fecho os olhos, posso vê-los,
e por isso eu lhe suplico
- ouça bem, eu não claudico:
volte, amor, para os meus braços,
volte, amor, a fazer laços,
mais correntes de nós dois
- e mais nada eu tenho pois
a pedir, senão, perdão,
mil perdões, mais um milhão
de perdões se preferir,
mas não queira mais partir!
Não me deixe ver a morte,
sem resposta, sem a sorte
de saber pela sua voz
que, você, também, por nós,
o que mais anda fazendo
é pedir - quase morrendo
de saudades de nós juntos -
que Jesus não tenha assuntos
mais prementes que nós dois,
que não deixe pra depois
os Seus planos de fazer
de nós dois um novo ser:
um ser pleno, indivisível,
belo, eterno e irreversível,
um ser mais do que perfeito
como o mais que Ele tem feito,
para quem O tem em mente,
por amor e simplesmente.
Um ser feito desse amor,
puro e livre dessa dor,
puro e livre dessa pena
que não cabe no poema...
...ouça, amor, meu bem, socorro!
Sem você não vivo, morro!
Sem você meu tempo jaz!
Sem você não tenho paz!
por virtude ou por defeito,
nesses meses como agosto,
por querer ou a contragosto,
é parar em cada canto
- tanto rindo, quanto em pranto -
e pensar na nossa história
de tristezas e de glória,
de certezas e de encontros,
e também de desencontros,
mas que é nossa e verdadeira,
em suas partes, por inteira,
no que tem de sofrimento
e também contentamento.
O que mais eu tenho feito,
como escravo do meu peito,
nesses meses como agosto
- veja as marcas no meu rosto -
é pensar na nossa história
(tenho tudo na memória
e também no coração)
desde quando com seu não,
eu senti dentro de mim
o universo dando um sim
aos meus planos - devaneios -
de morar dentro dos seios
de quem, com ou sem razão,
me roubasse o coração,
merecesse os meus esforços,
apagasse os meus remorsos,
desse luz a minha lida
e sentido a minha vida.
O que mais eu tenho feito,
por amor e por respeito
a você e a nossa história,
é querer que a palmatória
dê um jeito - solução! -
ao meu tolo coração,
para sempre e nesse agosto
- onde há tolos, tenho um posto -
por que não mais me é possível,
tenho sido tão sofrível,
já não posso mais com nada,
minha vida andava errada
e da mesma eu quase quis
desistir - mas não, não fiz -,
e por não ter desistido
- por você ter conhecido -
é que o mais que tenho feito,
com amor e do meu jeito,
nesse agosto, nesses meses,
quase sempre, várias vezes
(muito mais do que imagina
sua mente de menina
pura e ingênua como um anjo)
é dar jeito, dar arranjo,
ao desejo imensurável,
infinito e inexorável
de formarmos um casal,
invejável, imortal,
como nunca outro existira,
não importanto quem eu fira
ou machuque para tanto
(o meu rosto vive em pranto).
Entra agosto, passa agosto
- minha vida é só desgosto -,
sua distância me maltrata
e por mais que ainda bata
em meu peito um coração,
sem você fico sem chão,
o meu céu não tem estrelas,
e, se tem, não posso vê-las,
pois me sinto comprimido,
incompleto, combalido,
não existindo ao meu redor
nada para o meu melhor.
Só seus olhos me comandam
- onde estão, por onde andam? -
eu não posso mais sem eles,
tudo em mim, ou mais, é deles,
não consigo não revê-los,
fecho os olhos, posso vê-los,
e por isso eu lhe suplico
- ouça bem, eu não claudico:
volte, amor, para os meus braços,
volte, amor, a fazer laços,
mais correntes de nós dois
- e mais nada eu tenho pois
a pedir, senão, perdão,
mil perdões, mais um milhão
de perdões se preferir,
mas não queira mais partir!
Não me deixe ver a morte,
sem resposta, sem a sorte
de saber pela sua voz
que, você, também, por nós,
o que mais anda fazendo
é pedir - quase morrendo
de saudades de nós juntos -
que Jesus não tenha assuntos
mais prementes que nós dois,
que não deixe pra depois
os Seus planos de fazer
de nós dois um novo ser:
um ser pleno, indivisível,
belo, eterno e irreversível,
um ser mais do que perfeito
como o mais que Ele tem feito,
para quem O tem em mente,
por amor e simplesmente.
Um ser feito desse amor,
puro e livre dessa dor,
puro e livre dessa pena
que não cabe no poema...
...ouça, amor, meu bem, socorro!
Sem você não vivo, morro!
Sem você meu tempo jaz!
Sem você não tenho paz!
6 de agosto de 2009
Angústia
Nada, nada dói-me tanto,
tanto quanto o teu silêncio
(ninguém sabe do meu pranto,
eu não vivo sem um lenço).
Nada, nada dói-me mais
do que a dor por não te ver
(ninguém sabe dos meus ais,
não sei mais o que fazer).
Nada, nada me desgraça
tanto quanto o teu sumiço
(ninguém sabe o que se passa
no meu peito movediço).
Ah, motivo dos meus prantos,
dessa angústia, dessa dor
- ninguém sabe dos encantos
e tormentos desse amor!
tanto quanto o teu silêncio
(ninguém sabe do meu pranto,
eu não vivo sem um lenço).
Nada, nada dói-me mais
do que a dor por não te ver
(ninguém sabe dos meus ais,
não sei mais o que fazer).
Nada, nada me desgraça
tanto quanto o teu sumiço
(ninguém sabe o que se passa
no meu peito movediço).
Ah, motivo dos meus prantos,
dessa angústia, dessa dor
- ninguém sabe dos encantos
e tormentos desse amor!
23 de julho de 2009
O teu silêncio
Não gosto do teu silêncio
como quem pilota aviões não gosta de turbinas silentes.
Não gosto do teu silêncio
como quem adora vulcões, trovões, tempestades
não gosta
- odeia -
a lenta
- e inaudível -
descida das plumas, das penas, dos flocos de neve.
Não gosto do teu silêncio
como quem se apavora com a onipresença
inexpugnável
do absurdo, absoluto, do silêncio do óbito.
Não gosto do teu silêncio
como quem,
em pé,
não tem os pés,
deitado,
não tem as costas,
respirando,
não tem o ar,
olhando,
não tem a luz.
Não gosto do teu silêncio
como quem dorme e as pálpebras não encerram o ato.
Não gosto do teu silêncio.
Não gosto do teu silêncio,
e não sei repetir esse som de silêncio,
esse dom do silêncio,
esse tom de silêncio.
Teu silêncio me entope, me entulha, me enfarta
- me dana, me engana e me dói.
Como me dana.
Como me engana.
Como me dói.
6 de julho de 2009
Negue

13 de junho de 2009
Sim
Quando olho
para o céu,
para as nuvens,
as estrelas,
eu entendo
que as formas,
quaisquer formas são possíveis;
que desejos são possíveis,
que esperanças são possíveis;
que distâncias, inclusive,
também podem ser possíveis.
E por isso compreendo
que a vida é possível
com amores absurdos,
sonhos,
qualquer coisa que queiramos
- e então
eu lhe pergunto:
somos,
nós,
também possíveis?
17 de maio de 2009
Teria uma chance?

3 de maio de 2009
2 de maio de 2009
29 de abril de 2009
Ignorância
A
ciência
acredita
que
do
nada,
nada
surge
- ai,
ciência
ignorante
que
não
sabe
o
que
é
saudade
do
amor
que
está
ausente.
ciência
acredita
que
do
nada,
nada
surge
- ai,
ciência
ignorante
que
não
sabe
o
que
é
saudade
do
amor
que
está
ausente.
26 de abril de 2009
Três estrelas
Tivesse,
o céu,
apenas
três estrelas,
para alguns ele estaria vazio.
Contudo,
há quem diga
que a beleza está nos olhos de quem vê
- e três estrelas,
eu diria,
podem ser o céu de alguém.
o céu,
apenas
três estrelas,
para alguns ele estaria vazio.
Contudo,
há quem diga
que a beleza está nos olhos de quem vê
- e três estrelas,
eu diria,
podem ser o céu de alguém.
24 de abril de 2009
18 de abril de 2009
12 de abril de 2009
Ai, saudade
Há saudades tão pesadas,
tão pesadas que enlouquecem...
...nem remédios, nem estradas
- os meus olhos não te esquecem.
Há saudades tão doídas,
tão doídas que sepultam
(são saudades, são feridas
as que em mim, agora, avultam).
Ai, saudade de quem amo
e não tenho mais agora
- o teu nome chamo, chamo,
mas, em vão: tu foste embora.
Ai, saudade que me aperta,
contra a qual eu nada posso...
...a minh'alma está deserta,
desolada...que destroço!
tão pesadas que enlouquecem...
...nem remédios, nem estradas
- os meus olhos não te esquecem.
Há saudades tão doídas,
tão doídas que sepultam
(são saudades, são feridas
as que em mim, agora, avultam).
Ai, saudade de quem amo
e não tenho mais agora
- o teu nome chamo, chamo,
mas, em vão: tu foste embora.
Ai, saudade que me aperta,
contra a qual eu nada posso...
...a minh'alma está deserta,
desolada...que destroço!
7 de abril de 2009
Lição
A chuva,
que do céu cai,
não reclama quando lançada à Terra de inúmeras iniquidades.
Antes,
procura penetrar-lhe
na esperança de torná-la melhor.
que do céu cai,
não reclama quando lançada à Terra de inúmeras iniquidades.
Antes,
procura penetrar-lhe
na esperança de torná-la melhor.
31 de março de 2009
Também
A verdade só constrói,
não maltrata, não espezinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade não destrói,
ela apenas encaminha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade não corrói,
tão somente ensina e alinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade, como sói,
sempre ajuda, sempre aninha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade às vezes dói,
uma dor que não se tinha,
mas da dor surge um herói
- e, também, a culpa é minha.
não maltrata, não espezinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade não destrói,
ela apenas encaminha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade não corrói,
tão somente ensina e alinha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade, como sói,
sempre ajuda, sempre aninha
(tudo, tudo o que me dói,
eu sei bem, a culpa é minha).
A verdade às vezes dói,
uma dor que não se tinha,
mas da dor surge um herói
- e, também, a culpa é minha.
23 de março de 2009
Tem razão
Tem razão quem me afronta,
tem razão quem me condena:
não está pronta, não está pronta
a minh'alma tão pequena.
Têm razão meus inimigos,
têm razão meus detratores:
a minh'alma tem amigos
e conhece apenas flores:
não conheço miseráveis,
não conheço a solidão;
tenho sonhos adoráveis
e uma vida de ilusão;
não conheço a fome e o frio,
o abandono e o desamor;
nunca me senti vazio,
não conheço o medo e a dor.
Tem razão quem me machuca,
quem me esnoba e quem me esquece:
quem o espírito não educa
passa a ter o que merece.
Tem razão quem me atormenta,
quem me enerva, quem me aflige...
...quem a dor não experimenta
nunca aprende e não corrige.
tem razão quem me condena:
não está pronta, não está pronta
a minh'alma tão pequena.
Têm razão meus inimigos,
têm razão meus detratores:
a minh'alma tem amigos
e conhece apenas flores:
não conheço miseráveis,
não conheço a solidão;
tenho sonhos adoráveis
e uma vida de ilusão;
não conheço a fome e o frio,
o abandono e o desamor;
nunca me senti vazio,
não conheço o medo e a dor.
Tem razão quem me machuca,
quem me esnoba e quem me esquece:
quem o espírito não educa
passa a ter o que merece.
Tem razão quem me atormenta,
quem me enerva, quem me aflige...
...quem a dor não experimenta
nunca aprende e não corrige.
19 de março de 2009
26 de fevereiro de 2009
Um pensamento
Todas as vezes que me deito em minha cama,
eu fecho os olhos e me vem um pensamento;
um pensamento poderoso e que me inflama
tal como o sol inflama os céus, o firmamento:
Estou, Senhor, fazendo jus ao Teu amor?
Fazendo tudo o que consigo e deveria
para ajudar aos que tem fome, sede e dor,
como o Senhor, por ser Amor, por mim faria?
Estou, Senhor, fazendo jus ao Teu amor?
Usando o tempo que me destes para o bem?
Reconhecendo o que na vida tem valor
e procurando a fé levar aos que não têm?
Estou, Senhor, ao Teu amor fazendo jus?
Reconhecendo a minha imensa ignorância?
Reconhecendo que o Teu nome é como luz,
que é toda a luz!, que é luz!, que é luz!, e em abundância?
Senhor, eu sei que sou pequeno e desprezível,
imenso apenas em orgulho, em egoísmo;
que sou também de uma vaidade intraduzível
e que carrego a essência torpe do cinismo.
Senhor, eu sei que Tu viestes dar o exemplo
- o próprio corpo oferecestes ao tormento!
Será que faço do meu corpo um vivo templo
em que habitas o Teu santo ensinamento?
Eu sei, Tu sabes, que sou fraco, melindroso,
intransigente, preguiçoso, inconsequente;
acomodado, indiferente, rancoroso,
ganancioso, irracional, maledicente!
Como, meu Deus, posso ser digno do amor
que no Senhor é a régua própria do infinito?
Responda, Amor, eu faço jus ao teu Senhor?
(talvez a Dor saiba dizer, mas sempre a evito!)
Todas as vezes que me deito em minha cama,
eu fecho os olhos e coloco-me a pensar:
Senhor, Senhor, a consciência já me chama...
...não faço jus, não faço jus...preciso amar!
eu fecho os olhos e me vem um pensamento;
um pensamento poderoso e que me inflama
tal como o sol inflama os céus, o firmamento:
Estou, Senhor, fazendo jus ao Teu amor?
Fazendo tudo o que consigo e deveria
para ajudar aos que tem fome, sede e dor,
como o Senhor, por ser Amor, por mim faria?
Estou, Senhor, fazendo jus ao Teu amor?
Usando o tempo que me destes para o bem?
Reconhecendo o que na vida tem valor
e procurando a fé levar aos que não têm?
Estou, Senhor, ao Teu amor fazendo jus?
Reconhecendo a minha imensa ignorância?
Reconhecendo que o Teu nome é como luz,
que é toda a luz!, que é luz!, que é luz!, e em abundância?
Senhor, eu sei que sou pequeno e desprezível,
imenso apenas em orgulho, em egoísmo;
que sou também de uma vaidade intraduzível
e que carrego a essência torpe do cinismo.
Senhor, eu sei que Tu viestes dar o exemplo
- o próprio corpo oferecestes ao tormento!
Será que faço do meu corpo um vivo templo
em que habitas o Teu santo ensinamento?
Eu sei, Tu sabes, que sou fraco, melindroso,
intransigente, preguiçoso, inconsequente;
acomodado, indiferente, rancoroso,
ganancioso, irracional, maledicente!
Como, meu Deus, posso ser digno do amor
que no Senhor é a régua própria do infinito?
Responda, Amor, eu faço jus ao teu Senhor?
(talvez a Dor saiba dizer, mas sempre a evito!)
Todas as vezes que me deito em minha cama,
eu fecho os olhos e coloco-me a pensar:
Senhor, Senhor, a consciência já me chama...
...não faço jus, não faço jus...preciso amar!
25 de fevereiro de 2009
Irreversível
Nem as botas dos soldados alemães,
em França,
nem as botas do astronauta americano,
na lua,
fizeram o tempo parar.
Esse,
senhor do senhor do senhor dos senhores,
não sabe o que é bom,
não sabe o que é mal,
não sabe o que é belo,
amável ou repugnante.
Sabe,
apenas,
soberba e soberanamente,
que todas as coisas
- inexoravelmente -
ocorrem como
prenúncio,
preâmbulo,
prelúdio
do único e inevitável fim a que tudo se dirige:
a divinização do homem.
em França,
nem as botas do astronauta americano,
na lua,
fizeram o tempo parar.
Esse,
senhor do senhor do senhor dos senhores,
não sabe o que é bom,
não sabe o que é mal,
não sabe o que é belo,
amável ou repugnante.
Sabe,
apenas,
soberba e soberanamente,
que todas as coisas
- inexoravelmente -
ocorrem como
prenúncio,
preâmbulo,
prelúdio
do único e inevitável fim a que tudo se dirige:
a divinização do homem.
20 de fevereiro de 2009
Sabes, sabes, sabes
Sabes, sabes, sabes!
Sabes, sabes bem:
tudo o que em mim cabe
é meu e teu também.
Olhos, sentimentos,
alma e coração;
tens meus pensamentos,
tens minha razão.
Tudo o que em mim cabe,
quase nada é meu...
...sabes, sabes, sabes:
tudo, tudo é teu!
Sabes, sabes, sabes!
Sabes, sabes sim:
tudo o que em mim cabe
é teu, só teu e fim.
Sabes, sabes bem:
tudo o que em mim cabe
é meu e teu também.
Olhos, sentimentos,
alma e coração;
tens meus pensamentos,
tens minha razão.
Tudo o que em mim cabe,
quase nada é meu...
...sabes, sabes, sabes:
tudo, tudo é teu!
Sabes, sabes, sabes!
Sabes, sabes sim:
tudo o que em mim cabe
é teu, só teu e fim.
9 de fevereiro de 2009
(Des)importância
Por mais que eu me esforce,
pesquise ou pergunte,
não hei de encontrar
a exata palavra
que melhor defina
a minha infinita,
imensa e impensável,
escassa importância
no arranjo eterno,
perfeito e real,
das coisas que há
- embora eu possua,
em meu pensamento,
total importância
e todo o valor
que eu mesmo me dou.
pesquise ou pergunte,
não hei de encontrar
a exata palavra
que melhor defina
a minha infinita,
imensa e impensável,
escassa importância
no arranjo eterno,
perfeito e real,
das coisas que há
- embora eu possua,
em meu pensamento,
total importância
e todo o valor
que eu mesmo me dou.
7 de fevereiro de 2009
Quantas, quantas vezes, quantas?
Vigiar o telefone
não comer, não sentir fome
não saber o que fazer
Escrever o tempo inteiro
abraçar o travesseiro
todos, todos esquecer
Ter as mãos abobalhadas
as idéias bagunçadas
o pensar desconcertado
Ai Senhor! Por que deixaste
tal perigo acontecer-me?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?
Quantas? Quantas vezes? Quantas?
Machuquei-me o coração?
Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Por que mais uma ilusão?
Não dormir, nem trabalhar,
ver o tempo rastejar
sem que nada me aconteça
Respirar só por suspiros,
por nos olhos luzes, brilhos...
...não ter nada na cabeça...
Ai Senhor! Por que deixaste?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?
Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Quantas? Quantas vezes? Quantas
já pedi para esquecer-me?
não comer, não sentir fome
não saber o que fazer
Escrever o tempo inteiro
abraçar o travesseiro
todos, todos esquecer
Ter as mãos abobalhadas
as idéias bagunçadas
o pensar desconcertado
Ai Senhor! Por que deixaste
tal perigo acontecer-me?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?
Quantas? Quantas vezes? Quantas?
Machuquei-me o coração?
Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Por que mais uma ilusão?
Não dormir, nem trabalhar,
ver o tempo rastejar
sem que nada me aconteça
Respirar só por suspiros,
por nos olhos luzes, brilhos...
...não ter nada na cabeça...
Ai Senhor! Por que deixaste?
Por acaso não lembraste
que pedi para esquecer-me?
Tantas! Tantas vezes! Tantas!
Quantas? Quantas vezes? Quantas
já pedi para esquecer-me?
2 de fevereiro de 2009
Após você
Mesmo que Deus todo o meu sangue envenenasse
e assim secasse todo, e enfim, meu coração,
e me dissesse - “Viveria se parasse” -
eu Lhe diria - “Meu Senhor, Te digo não”.
Mesmo que Deus aponte a mim a mão da Morte
e da Desgraça se Sua voz desobedeço,
me faço surdo, cego os olhos, perco a sorte,
mas não te esqueço, não te esqueço, não te esqueço!
Mesmo que Deus me condenasse ao mal eterno
e me fizesse prisioneiro de outras chamas,
as labaredas, eu diria, de outro inferno,
não são tão quentes como o peito de quem ama!
Mesmo que Deus desse-me vida fora desta
caso eu quisesse e se eu pudesse te esquecer,
nessa outra vida - não tão longe do que resta -
eu passaria, morreria sem viver:
não existe vida se não vive-se ao teu lado,
não existe tempo que me faça te esquecer,
não existe nada que do nada foi criado,
não existe vida para mim após você.
e assim secasse todo, e enfim, meu coração,
e me dissesse - “Viveria se parasse” -
eu Lhe diria - “Meu Senhor, Te digo não”.
Mesmo que Deus aponte a mim a mão da Morte
e da Desgraça se Sua voz desobedeço,
me faço surdo, cego os olhos, perco a sorte,
mas não te esqueço, não te esqueço, não te esqueço!
Mesmo que Deus me condenasse ao mal eterno
e me fizesse prisioneiro de outras chamas,
as labaredas, eu diria, de outro inferno,
não são tão quentes como o peito de quem ama!
Mesmo que Deus desse-me vida fora desta
caso eu quisesse e se eu pudesse te esquecer,
nessa outra vida - não tão longe do que resta -
eu passaria, morreria sem viver:
não existe vida se não vive-se ao teu lado,
não existe tempo que me faça te esquecer,
não existe nada que do nada foi criado,
não existe vida para mim após você.
1 de fevereiro de 2009
Freud explica
Do útero de minha mãe direto para o seu seio - apenas Freud compreende o bem que você me faz.
16 de janeiro de 2009
Saudade
Comecei
a escrever
um
poema
sobre a saudade
quando você
me disse
"adeus".
Como o terminarei?
Quando o terminarei?
a escrever
um
poema
sobre a saudade
quando você
me disse
"adeus".
Como o terminarei?
Quando o terminarei?
5 de janeiro de 2009
O significado da palavra 'gratidão'.
Gratidão. [Do lat. gratitudine] S. f. 1. Qualidade de quem é grato. 2. Reconhecimento por um benefício recebido; agradecimento, reconhecimento.
Fonte: Dicionário Aurélio
2 de janeiro de 2009
Dois de janeiro
Aviso para quem estava esperando 2009 chegar para realizar um projeto, começar alguma coisa ou tomar uma decisão: os relógios já marcam 01:01 do dia dois de janeiro. Logo logo serão 02:02, 03:03, 04:04, 05:05 e você está esperando o quê? O tempo passar, o ano novo acabar??
Os significados das palavras 'perdoar' e 'perdoável'
Perdoar. [Do lat. perdonare.] V. t. d. 1. Desculpar, absolver, remitir (pena, culpa, dívida, etc.). 2. Poupar (...); (...)
Perdoável. [De perdoar + -ável.] Adj. 1. Merecedor ou suscetível de perdão.
Perdoável. [De perdoar + -ável.] Adj. 1. Merecedor ou suscetível de perdão.
Fonte: Dicionário Aurélio
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